Esta interiorização da violência, como o fenômeno foi classificado pelos mentores do mapa, é a informação mais preocupante do levantamento produzido com apoio do Ministério da Saúde. Com base em relatórios de óbitos registrados entre 2003 e 2007, os pesquisadores constataram quedas de até 25% no índice de homicídios nas grandes cidades e regiões metropolitanas. No interior dos Estados, a situação se inverteu e houve um aumento de 37% no principal indicador da violência urbana.
Na avaliação dos pesquisadores, os criminosos buscam cidades onde a repressão é menos intensa e a circulação de dinheiro tem aumentado. O problema é que não há uma receita única para combater esta nova tendência e os Estados parecem pouco preparados para discutir intervenções estratégicas em regiões consideradas críticas --todas as ações de combate ao crime são pontuais e desarticuladas.
Os últimos números do mapa da violência dizem respeito a 2007 e, neste período, houve algumas mudanças no ranking dos municípios mais violentos. De uma maneira geral, no entanto, persiste a tendência de crescimento do número de crimes no interior. No Estado de São Paulo, por exemplo, as cidades do interior lideraram o ranking da violência em 2009, conforme balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. Ratificando a migração da violência e derrota do Estado em combatê-la.
A redução do número de crimes nas regiões metropolitanas e nas grandes cidades demonstra que a violência urbana é um fenômeno controlável, especialmente se o trabalho de repressão aos criminosos for combinado com medidas de integração social e de redução da desigualdade econômica. O estudo do Instituto Sangari mostra que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 130% maior do que o de um jovem branco. A desigualdade entre as duas populações se acentuou nos últimos cinco anos, enfatizando as limitações da política de segurança pública adotadas pelas diferentes esferas de governo.
A violência é uma grave doença social no Brasil. Todos os anos, quase 50 mil pessoas são vítimas de homicídios no país. Com a interiorização do crime e a multiplicação das cidades indefesas, a questão da segurança pública precisa, mais do que nunca, ser tratada como prioridade de Estado. E cobrada como tal.
Com informações do instituto Sangari
Estado do Ceará é condenado a pagar 200 mil reais de indenização à família de estudante, morta dentro da escola, além de pensão até os pais da falecida completarem 65 anos. DIVULGUEM, POIS O MAIS FUNDAMENTAL É O CARÁTER PEDAGÓGICO DA CONDENAÇÃO, QUE VALE PARA ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES. Leia matéria em:
ResponderExcluirwww.valdecyalves.blogspot.com
Olá Sergio
ResponderExcluirSão damos preocupantes , porque onde havia uma certa segurança hoje já não existe mais. A violência só aumentou como parece que a população está se acostumando com ela, e já não fica tão indignada como ficava. Lamentável
Um abraço
É um bom tema para chamar a atenção de todos para essa realidade de esclada da violência e da criminalidade onde antes se esperava paz e tranquilidade. O preço que se pagava por não ter todo o aparelho urbano de uma grande cidade.
ResponderExcluirOlá, Sérgio!
ResponderExcluirInfelizmente, a violência está em todos os lugares, desde as maiores cidades até as pequenas e até mesmo nas zonas rurais do interior de nosso país. É preciso que as nossas autoridades tomem medidas que levem à diminuição desse pesadelo da nossa sociedade.
Abraços
Francisco Castro
É Sergio,
ResponderExcluirEstamos perdendo aquela coisa lúdica e singela, como por exemplo, ficar no portão batendo papo com os vizinhos.
Hoje, estamos todos prisioneiros. Esta é uma tendência mundial. Infelizmente.
Abração
Oii meu amigo Sergio
ResponderExcluirÉ deprimente ver esse numeros tão alto de homicidios, ond eo investimento em segurança é tão grande, a vezes eu acho que isso é um circulo vicioso,pois as empresas de seguranças ganham muito dinheiro com isso, e se a violencia terminasse, elas nao iam ganhar mais dinheiro, por isso que a muita maracutaia e relação ao invstimento com a segurança.
Como as cidades do interiores estão crescendo economicamente, os bandidos estão mudando de lado.
Bjs
Olá amigo Sérgio!
ResponderExcluirSão números assustadores estes de homicídios. Parece estatística de guerra.
Me parece que é possível controlar e reprimir o crime tanto nas capitais quanto no interior, porém é preciso ações efetivas do governo. E ações não só na repressão, mas também melhoria no sistema penal e agilidade do judiciário.
Texto muito bom meu amigo.
Forte abraço, Fernandez.
Olá amigo Sérgio,
ResponderExcluirParabéns pela postagem.
Trata-se de um assunto de grande relevância e que atinge a todos os municípios, tanto as grandes metrópoles quanto as cidadezinhas interioranas, antes tranquilas e seguras.
A pesquisa feita pelo Instituto Sangari está corretíssima.
Anos atrás, em minha cidade, eu não fechava o portão de casa. Deixava-o aberto o dia todo, tinha liberdade de sair e entrar com o carro a hora que fosse, sem perido algum e as portas sem trancá-las.
Hoje em dia, já não é mais possível isso. Quase todas as casas vizinhas já foram assaltadas e além do portão fechado, precisei colocar alarme e rede elétrica para garantir um pouco mais a segurança dos familiares.
A violência é mesmo uma doença social que se alastra ao Brasil todo. E cada vez mais a questão da segurança pública precisa como nunca, ser estudada e efetivamente trabalhada, prioritariamente, a fim de que a população não fique presa em seus próprios lares para os bandidos passearem à vontade, livremente pelas ruas, à escolha da próxima vítima.
Excelente tema, amigo.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Que Post Fantástico!
ResponderExcluirAMIGO SÉRGIO, esses números correspondem à fotografia de uma realidade que algumas autoridades fingem desconhecer. O aparelho do estado deve tê-los, uma vez que, em quase todos os municípios tem uma delegacia que repassam relatórios sobre o aumento da criminalidade. Ocorre que, o descaso impera, muitos policiais estão a anos residindo principalmente em cidades pequenas, construíram amizades e se seguram como podem com os prefeitos municipais, criando o circulo vicioso comprometendo a instituição. E o estado por sua vez, não oferece um mínimo de infra-instrutora para o desempenho da função. Com o cerco policial atuando efetivamente nas maiores cidades, toda a qualimarca de bandidos se desloca para pequenas cidades e não dá outra, os índices de criminalidade sobem, enquanto a vulnerabilidade dos cidadãos de bem, desce.
Parabéns por mais um excelente post!
Abraços,
LISON.
Olá Sérgio!
ResponderExcluirÉ trágico, ver que isto ocorre. Há 3 anos atrás,quando eu morava ainda em Florianópolis, ouvia do povo de lá, a reclamação de que, a ida de "pessoas de fora" mesmo que fossem para trabalhar e ajudar ao crescimento da cidade, acarretava também atrair os "bandidos".
Recentemente,ao morar numa pequena cidade no interior de São Paulo, ouvi o mesmo! Parece que o problema de policiais corruptos, ou dos que não o sendo, estão de mãos atadas por falta de verbas e condições, se encontra em todas as cidades e, havendo a impunidade dos "grandes", as coisas ficam muito difíceis para o cidadão, de qualquer nível social, viver com tranquilidade. E tudo, me parece, tem a mesma resposta, o desvio das verbas que poderiam resolver estes problemas, dando condições dignas de vida, permanece impune.
Alguns diriam, e eu também - "é uma vergonha!",mas esta frase deveria ser pouco usada e mais valorizada, não acha?
Abraço,Vera.
Sergio
ResponderExcluirseu blog é muito bom.
bem elaborado e atual.
Até me ajudou em uma pesquisa escolar; que por sinal, fez o maior sucesso dentro da minha sala de aula; minha profº elogiou e pediu a fonte!!!!
Sendo assim passei o seu blog e ela prometeu conferir quem foi o autor de tamanha sabedoria!!!
"PARABENS"
UM ABRAÇO
Olá Senhor Sergio... venho lhe agradecer por ter um blog tão elaborado e eficiente, que ajudou meus alunos a realizarem uma pesquisa escolar que eu propus o seguinte tema: "A interiorização do crime".
ResponderExcluirOlhei o comentario a cima que é do meu aluno Rodrigo Willian e ele acabou dizendo tudo que eu gostaria de lhe dizer.
Fico muito grata por ter pessoas como você, que ajudam nossos alunos a se tornarem cidadões dignos de um futuro melhor.
beijos da professora: Rose Maria Nunes de Andrade