11 de janeiro de 2010

Quem irrita

Em sua coluna Ooops! desta segunda feira (11/01), o jornalista Ricardo Feltrin do portal UOL, defendeu o apresentador e companheiro de profissão Boris Casoy.

Boris que fez comentários, no mínimo, impertinentes no último Natal sobre garis desejando Boas Festas aos telespectadores não soou muito bem em sua biografia e repercutiu muito mau na emissora em que trabalha. O apresentador na edição seguinte do mesmo telejornal pediu desculpas por suas palavras na edição anterior.

A defesa de Feltrin foi bem menos efusiva do que havia feito a jornalista, colunista e apresentadora Bárbara Gancia no último dia 06.

Veja abaixo nota do colunista Ricardo Feltrin:

"Quem Irrita
Apedrejadores de Boris Casoy
Foi de cortar o coração ouvir as horríveis palavras de Casoy no Natal, contra dois humildes e inocentes garis. Ao deixar vazar desrespeito e desprezo por aqueles pobres trabalhadores, ingênuos, simpáticos, o apresentador maculou sua biografia. Ele provavelmente sabe disso, e também sabe que nenhuma desculpas apagará a ação. No entanto, a reação às palavras de Casoy na internet foram, de longe, a coisa mais assustadora neste episódio.

Se é certo que muita gente que admirava Casoy se sentiu genuinamente ofendida ou entristecida por suas palavras (e este colunista é um deles), por outro lado ficou claro que havia latente uma quantidade assustadora de fascistas, de obtusos, de hipócritas que usaram sou e usam o episódio para julgar e condenar o apresentador ao banimento da sociedade.

Em fóruns e sistemas de comentários , pessoas estão apedrejando Casoy com palavras bem mais torpes e violentas do que as que ele proferiu contra os humildes garis. Há gente exigindo sua demissão por justa causa, atacando sua vida inteira, sua história, ignorando seus serviços prestados... isso sem falar dos desqualificados e sem caráter que partem para ataques movidos por ódio racista ou de preconceito e que, se pudessem, certamente colocariam o jornalista num paredão. Essa é a história mais triste do Natal."

9 comentários:

  1. Ricardo Feltrin

    Jornalista desde 1991, repórter, redator, editorialista, colunista político e de TV no extinto jornal "Folha da Tarde"

    Formado técnico em Química-Cerâmica (no Senai), cursou faculdades de administração de empresas (um ano e meio), teologia (um ano) e ciências sociais (quatro anos), mas não se formou.

    Como se vê, não quis saber de Ciências Sociais e de mexer com Química-Cerâmica!

    Só falta a Band contratar isso aí, também!

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  2. Depois que a Record contratou Daniel Castro para o seu portal R7.com. Não duvido nada.

    Um forte abraço!

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  3. Sérgio,

    A postura do Casoy fere princípios, a ética; "choca" quem não esperava isso dele e mais um monte de coisa que se possa dizer a respeito.
    Na vida real, no dia-a-dia, quem nunca fez, faz e fará algo parecido (ou pior)?
    No caso do Boris, "alguém flagrou, gravou e soltou na net". Que arque com o ônus do erro cometido; que julgue, condene e puna quem de direito.
    Os caçadores de cabeças estão às soltas e vibram quando pegam uma para exibir como prêmio. No fundo, no fundo, ficam "rezando" para que a sua cabeça não seja capturada. Cometem os mesmos erros, uns com menos, outros com mais gravidade. A diferença é que uns se deixam apanhar.
    Cada vez que isso acontece, deveríamos pensar o seguinte (para não dizer: pedir a Deus): que eu nunca venha cometer o mesmo erro ou fazer algo parecido.

    Abraço do amigo,

    Antonio

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  4. Foi muito feio, para não dizer, repugnante a atitude do apresentador Boris Casoy,
    E eu rezo todos os dias para que não seja pego no mesmo erro, porque com toda certeza já cometi erros parecidos ou até piores. Todos estamos sujeitos a eles.
    Mas ele cometeu, e como tal, tem que responder civicamente por essa atitude.
    Assim é a democracia. Liberdade de falar o que quer com a ônus de responder por isso.

    Gostei muito da ponderação do seu comentário.

    Um forte abraço!

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  5. "Em fóruns e sistemas de comentários, pessoas estão apedrejando Casoy com palavras bem mais torpes e violentas do que as que ele proferiu contra os humildes garis."

    Ele tem razão, pois não se deve argumentar contra uma injustiça usando-se da própria injustiça. O bom combate é: JUSTIÇA CONTRA A INJUSTIÇA!

    Só que ele se esqueceu que a internet nos possibilita a democracia da liberdade de expressão... E ao repúdio contra qualquer tipo de injustiça, quem não gosta de coisa errada, então a indignação é válida.

    E viva a rede mundial de computadores que nos possibilita a essa manifestação prós e contras. Já que a TV não nos permite fazer, vide seu corporativismo face a pessoa de Boris Casoy.

    Seu Ricardo Feltrin experimenta tomar um calmante!

    "Imprensa também tem telhado de vidro".

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  6. Viva a rede mundial e a possibilidade de nos manifestarmos contra aquilo que não concordamos!

    Um forte abraço!

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  7. Sérgio,

    Concordo com a exortação do colunista em favor do equilíbrio das opniões, ou seja, apelo ao bom senso. Mas vejamos bem: além dos fascistas de plantão, e que sempre houveram, como que fariseus imortais, há que se ver que o peso das paavras de alguém hoje em dia, numa sociedade hiperestimulada (e mal acostumada com) pelo hábito recente da informação é muito grande. Ele estava falando a milhões de mentes, muitas fascistas, mas outras tensas e perplexas pelas aberrações morais que presenciam dia a dia.

    Eu fiquei revoltado sim!! Cada discurso infame que ouço, a cada dia, me leva a ficar tenso e suscetível, confesso, a julgamentos desproporcionais. Nisso eu erro, e erro sempre!! Na sociedade em que vivemos, radicalismos como esses proliferarão mais rapidamente, tão raídamente como a histeria do aquecimento global!!

    Abçs Sérgio!!

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  8. Olá Ebrael,

    Concordo com você, meu caro.
    Acabamos nos excedendo quando nos revoltamos com paixão e sem reflexão. A atitude do apresentador Boris Casoy, foi estúpida e até preconceituosa. Ele, como homem público, algo do que ele sempre adorou se gabar [do respeito adquirido por sua longa carreira], tem que pagar os males de sua fala estúpida.
    A proliferação da comunicação e dos meios dela, têm ajudado em muito, para que possamos nos fazer ouvir, sem a necessidade de formadores de opiniões. Que, em geral, sempre exortaram somente a opinião deles.

    Um forte abraço!

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  9. Olá querido amigo,

    Parabéns pelo post.

    Infelizmente foi uma estória de Natal triste e que maculou a história de vida do jornalista em questão. Sua conduta decepcionou seus admiradores e jamais será visto com o mesmo olhar.

    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian


    Acho que o comentário do amigo Antonio Regly

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