10 de janeiro de 2010

Existe Deus?

De onde veio Deus? Quem o criou?

Cada texto que leio sobre o assunto, me trazem mais dúvidas do que certezas ou respotas. Isso me incomoda, de verdade!

Vejo ser tão fácil para uns acreditar e tão ridicula a ideia de acreditar para outros.

Queria ter a resposta definitiva. Encontrar esse Deus bondoso e onipotente que muitos apregoam.

Mas as respostas são sempre tão simplórias para questões sempre tão árduas.

Penso que o sentir Deus seja parecido com o sentir medo quando se está assistindo um filme de terror. Você sabe que aquilo não pode te atingir, mas você sente o medo. Porque é levado a senti-lo.
Sentir Deus, talvez, possa ser da mesma forma. Diante dos problemas temos que nos apegar a algo. O problema nos leva à necessidade de acreditar que alguma coisa vai acontecer para mudar a situação.

Por vezes me sinto insano, por vezes me sinto realista, por pensar assim.

Mas isso não me satifaz, continuo incomodado. Quero respostas, preciso de respostas.

Onde encontrá-las? Dentro de mim? Dentro de mim tudo soa tão vago para essas perguntas.

Quem sabe, num momento de sindicalismo libertatório, Moisés não criou uma figura para estimular o povo a sair do Egito?

Quem sabe, essa figura criada por Moisés não tomou uma proporção que nem mesmo ele imaginava que poderia tomar?

Quem sabe, algum Rei mal intencionado, para reafirmar seu poderio, não lançou mão dessa figura para manter ou aumentar seu poder?

Quem sabe, o próprio Jesus não lançou mão dessa figura para tornar-se notório?

Quem sabe?
Eu não sei.

15 comentários:

  1. Não foi Moisés quem criou Deus.
    A sociedade, pelos indícios existentes, sempre acreditou algo superior, fonte de toda a criação e harmonia universal.
    Embora exista um sentimento coletivo deste algo criador e mantenedor da existência, cada indivíduo o interpreta de uma forma diferente.

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  2. Verdade... os egípcios acreditavam em muitos outros deuses, o maior deles Rá, acho que era isso.
    A ideia do texto é justamente essa, quem sabe não aparece algo coerente que me dê alguma resposta. Se é que isso é possível.
    Mas penso muito parecido com o que disse.

    Um forte abraço!

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  3. Boa noite, Sérgio!

    Acredito que tuas indagações não tenham respostas precisas, concretas...
    Deus é fé, um estado de espírito que acredita em alguém de barba e que nos assiste e comanda nossa existência.

    Nunca saberemos, em Terra, como é essa Figura que não queria notoriedade, absolutamente, queria o bem de todos e por isso acabou sendo o maior destaque que já tivemos conhecimento.

    Um beijo, Maria Souza - Porto Alegre - RS

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  4. Olá! Com licença; sou Jeferson, um homem comum que gosta de escrever. Quando tenho um tempo saio em visitas a blogs, seguindo sempre a seta que aparece no auto da pagina inicial (próximo blog>>). Posso afirmar que é uma experiência “deliciante”.
    Quando encontro um blog bem legal como o seu eu posto um comentário e deixo o convite para que conheçam o http://jefhcardoso.blogspot.com . Pela proposta de seu blog creio que poderá encontrar algo em minha sessão em preto e branco, que data de novembro ou mesmo nas mais atuais.

    Parabéns por seu blog e desculpe a intromissão.
    Abraço: Jefhcardoso>>de blog em blog.

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  5. Olá minha querida Maria,

    Estava em momento de insônia quando escrevi este post.
    Logo que postei, recebi um telefonema de um amigo de longa data, que fizemos teologia juntos, e que hoje é padre.
    Ele, por telefone, começou a comentar sobre minhas indagações. Ao terminar, ele me deixou, novamente, com mais dúvidas que respostas.
    Desliguei o telefone e fui tomar um café e pensar no que meu amigo havia dito.
    Quando volto ao computador, tinha um email de um outro amigo [espírita] me indicando algumas pautas. Dentre elas, um livro chamado "Sempre Há Uma Luz", do espiritualista, Luís Sérgio. Onde ele, supostamente, psicografa a passagem de Renato Russo para o pós-morte. Me interessei pelo assunto e comecei à ler. Passei o resto da madrugada lendo este livro. Terminada a leitura, não obtive respostas, novamente, mais dúvidas.
    Continuo refletindo sobre o assunto.
    Porque disse tudo isto?
    Porque acredito que jamais terei, talvez em vida como disseste, tais respostas.
    Havia compartilhado este texto no DiHitt. Desisti.
    Das conversas que tive e dos comentários que fizeram, tirei ao menos uma resposta. Não vale a pena discutir esse assunto.
    Continuarei com minhas dúvidas e anseios até que ELE, se existir, desejar me revelar as respostas.

    Não tenho pretensões ofensivas e nem ao menos demonstrar ceticismos idiotas. Apenas gostaria de demonstrar minhas dúvidas, que chegam à ser muitas vezes, dolorosas

    Um forte abraço e um grande beijo!

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  6. Quando teu coração se acomodar frente a outras inquietações que deves estar passando, acharás um sentimento que te aproximará mais da Figura de Deus, tenho certeza disso.

    beijos com carinho,
    Maria Souza - Porto Alegre - RS

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  7. Olá Sérgio!

    Eu também não tenho respostas. E bem que gostaria, pois também tenho necessidade de respostas. Apenas discordo de ti numa coisa: eu não parto do principio que Deus é o deus dos Hebreus. Para mim esse é tão legítimo como Rá ou Odin, ou Alá, ou Zeus.

    Eu associo a ideia de Deus à paz e quietude, talvez por ter as minhas origens no campo, e, quando tenho necessidade de "estar" com Ele, refugio-me numa mata ou jardim e medito. Normalmente consigo Encontrá-lo. Para mim, os rituais normais das igrejas, não fazem qualquer sentido, mas compreendo que cada ser humano possa buscar Deus das mais diversas formas.

    Mesmo assim, as minhas dúvidas persistem.

    Beijos
    Luísa

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  8. Minha querida Luísa,

    Quando recebi seu comentário estava a ler um texto no site do Pastor Evangélico Ricardo Gondim: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=69&sg=0&form_search=&pg=0&id=2306

    Vale a pena dar uma lida. Evidente que não explica, mas amplia um pouco o horizonte.

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  9. Sérgio,

    Eu identifico-me quase completamente com a Andreia. Apenas nunca fui ateia, e ainda não defini se me converti assim tão naturalmente ao Cristianismo, visto até nele encontrar lacunas para as quais não tenho resposta.

    O meu espírito analítico funciona um pouco como o dela e por vezes fico "parva" com os disparates que leio, e mais ainda, com os seguidores que eles têm. Mas isso pertence tudo à "forma" que se dá a Deus e ao marketing da venda da ideia. As igrejas são assim uma espécie de mercado de Deus. Cada uma embrulha-O da maneira que acha mais apelativa e vende-O.

    Muito obrigada pela indicação. O depoimento é somente excelente.

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  10. Olá Sérgio!
    Penso semelhantemente ao que li nos comentários da Luisa. E como você,também me fazia perguntas e um dia, ao ouvir meu filho do meio,(de 3 anos) indagar o que vinha depois da morte e nos responder que queria de presente de aniversário, ir ao cemitério... puxa,decidi encontrar as respostas. Comecei ler sôbre espiritismo, budismo,teosofia,eubiose. Só quando ele tinha 7 anos,tive coragem de levá-lo (assim como quem não quer nada, a passear num cemitério,"para ver as esculturas", disse-lhe eu). Ele mostrou-se decepcionado e comentou que não via mais, o que via antes! Não entrei em detalhes na época, para não "forçar a barra". Bem, hoje, ele e o mais novo, não podem crer no Deus que as religiões apresentam. Ao contrário, se revoltam por ver tanto preconceito ,descriminação e morte, que muitos religiosos provocam.Não posso culpá-los.
    E eu? Não obtive respostas na época.De tudo que li, meu coração queria crer na essência mais sublime -na imortalidade da alma e principalmente no "fato" de não estarmos sòzinhos.Quando vejo as flores,o belo no homem e na natureza,não posso deixar de crer num projeto assim,sem um "pensador" que o criou.
    Hoje, o meu filho mais velho, casado, tem fé "em Jesus" e é mais feliz por isto. Como mãe, de 3, quero crer que Deus existe sim, como o senti em meu coração muitas vezes. Como mãe, me é imprescindível crer que Jesus,pode ser sim, o próprio Deus(não o único). Talvez, ele tenha vindo até nós, Sérgio,para deixar um exemplo - por amor deu-nos o exemplo,nos lembrou que apenas a fé ( em nossa imortalidade e no "Pai"), poderia nos salvar... Salvos até de nosso próprio medo e de tudo o que pudéssemos sofrer.
    A quem, nós, mães e pais, poderemos entregar nossos próprios filhos,se eles forem antes de nós, ou quando nós formos embora? Não desejo mais saber como Ele é, mas sinto que Deus existe, sim, por todas as coisas maravilhosas que se desenvolveram em nosso mundo.Se tenho que crer em Deus, tenho que crer que temos parte dele em nós! Somos em parte Ele, e nos esquecemos disto ?( não me importa se vão me criticar pela ousadia). Só isto me explica "um dia retornaremos a Ele" e seremos felizes eternamente.
    Quanto a Cristo, preciso me esforçar um pouco para crer que ele está tão próximo a mim, como meu filho mais velho cre,pois sou fruto da educação que falava mais do pecado e castigo do que do Deus próximo,presente e benevolente.
    Ando pensando em ter conversa mais "íntima" com ele, a meu modo e pedir o que antes era "um sacrilégio" ! Quero pedir, não sei ainda como farei este pedido... mas quero pedir,sim, que Ele me dê uma prova de sua presença ao meu lado, um sinal claro e inquestionável(para mim),de que Ele me leva em conta.
    Sabe por que? Porque isto, e só isto, daria ao meu coração de mãe, e que também compreende o de todos aqueles que amam seus filhos(e alguém mais), a tranquilidade de saber que eu,posso ser impotente diante de tantas coisas, mas também confiar que há "alguém", melhor que eu, que cuidará deles ( do que é imortal neles).
    É por isto que dizem que, realmente é a Fé, que nos salvará, não é? Não a ignorância, mas a fé verdadeira que possa combinar com uma atitude responsável e comprometida.É difícil.
    Obrigada, por me fazer refletir novamente, e aqui, nos sentimos confiantes de falar sôbre o tema.
    Quem sabe, amigo, fazer a nossa própria opção de fé, seja mais uma, das atitudes que está ao nosso alcance, para sermos mais felizes, não é ?
    Abraço, parabéns pelo texto.
    Vera.

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  11. Vera,

    Li com toda a atenção o que escreveu e adorei que tenha se sentido à vontade para dizer o que pensa.
    Vou te dizer, pela primeira vez em público [internet] o que não disse para muitos que convivem comigo à minha volta.
    O que tanto me anseia em encontrar alguma resposta não é o medo de partir e deixar minha filha, agora única, mas o medo de não saber para onde meu filho que já faleceu foi.
    Disse isso à poucas pessoas, pois muitas parecem nem ao menos querer ouvir perguntas sem ter uma certeza já pré-concebida sobre tudo.
    Vai fazer um ano daqui há alguns dias que meu filho de 17 anos partiu. Eu só queria saber se ele está bem. Mais nada.
    Se eu conseguisse acreditar nesse Deus, eu talvez conseguisse me tranquilizar.
    Mas aí me vem mais dúvidas e incredulidades, se não existir Deus, se tudo aqui se acaba, então não tenho o porque me preocupar, porque vou saber que ele não está em lugar algum, não está sofrendo. Mas se existir Deus, onde meu filho está?
    Mas como disse à Maria, desisti de querer discutir perguntas com pessoas que não têm respostas. Vou esperar por esse Deus, para que Ele, se assim desejar, me desvende-as.
    Se o seu filho conseguir lhe dissernir alguma coisa, por favor, compartilhe comigo. Pois minha ânsia permanece.

    Um forte abraço e um grande beijo!

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  12. Quando comentei da inquietação de mãe em relação aos filhos, não sabia o que te aconteceu.O que a gente quer mesmo é se tranquilizar, quanto ao destino deles. E você, com mais razão !
    Penso que, se existir Deus, seu filho está com ele se ainda tem uma individualidade (de algum modo) e um dia, todos nós estaremos nele, e seremos ele próprio, se e quando perdermos todo e qualquer sinal de nossos egos, ou histórias desta rápida experiência que vivemos aqui.
    Se existir Deus, acho que todos os que morrem, perdendo este corpo que se expressa neste mundo de opostos, estão menos sujeitos a todas as fragilidades e sofrimentos, estarão mais próximos ao ser espiritual. Eu, como mãe, ficaria mais tranquila se soubesse a existência de Deus imortal e, portanto, meu filho a caminho(não sei de que maneira) disto também.
    Se existir Deus,(e não tenho mais o medo de infância, do castigo)... Ele apenas recebeu seu filho com um abraço e seu filho não deve ter medo de nada agora, e está bem.
    Calo a minha boca, que não teria mesmo como satisfazer seu desejo da certeza. Vamos pedir juntos, para que ele se manifeste em sua vida, pra você, de algum modo... em seu coração.. Enquanto a razão estiver cansada de nos atormentar e deixe lugar para algo mais sensível em nós, quem sabe poderemos intuir a verdade, com tanta certeza, que não fique mais nenhuma dúvida... e no seu caso, que você possa sentir uma alegria calma da presença de seu filho, junto a parte de você, que é semelhante ao que ele é agora... e vocês serão novamente unidos pelo amor, no que é imortal em vocês dois. E ninguém vai tirar esta alegria de você! é o que te desejo e faria acontecer, se pudesse.
    abraço grande, Vera.

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  13. E de alguma forma pode fazer.
    Acordei agora mais animado, não menos inquieto, mas mais apaziguado de espírito.
    Suas palavras de alguma forma tranquilizaram-me a alma. Não por ter me dado alguma resposta, mas pela paz que me passou em suas palavras.
    Levantei com a intenção de deletar meu último comentário, antes de ler sua resposta. Estou como a letra daquela música "quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim", mas decidi mantê-lo.
    Obrigado por tão sábias e reconfortantes palavras.

    Um forte abraço e um grande beijo!

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  14. Também me preocupei. Quem abre o coração, fica vulnerável. Somos responsáveis por nos proteger!Contudo, não conseguiria viver com o meu trancado. Venha o que vier.
    A amizade, quando é sentimento verdadeiro,é pra isto mesmo! e não importa que seja eterna, ou por quanto tempo dure... não é?
    Que bom, hoje pude te dar algo, amanhã, darás a outra pessoa e, assim,os que se arriscarem a expressar seus sentimentos, talvez consigam construir ao seu entorno,um mundo um pouquinho mais compassivo,menos mesquinho, pois o que acho que falta mesmo a nós, a este mundo de correrias, é um pouco de tolerância, respeito e compassividade.
    Abraço grande e acho que sua atitude pode ajudar a outros homens, que endureceram seus corações... quem sabe ?...

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  15. Quem sabe? Eu não sei. rs*

    Um forte abraço e um carinhoso beijo!

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