21 de junho de 2010

Parabéns a você, Lei Seca!


Uma bandeira na busca por um trânsito mais seguro, a Lei Seca chegou no último dia 19 de junho ao seu segundo aniversário, colecionando muitos números positivos, mas confrontada com uma dura realidade: dois anos depois de entrar em vigor, a legislação que mudou hábitos de milhares e milhares de brasileiros mostrou-se menos agressiva do que ameaçava ser e está caindo, pouco a pouco, no esquecimento.

Exagero? Parece ser exagero quando a afirmação fica frente a frente com os números oficiais divulgados na última sexta-feira pelo Ministério da Saúde, apontando uma queda de 6,2% no número de mortes no trânsito em razão da Lei Seca.


Em vidas, essa redução representa 2.300 mortes evitadas. Um número expressivo. No entanto, quando a afirmação se confronta a dois fatos, a noção de exagero se esvai.


Primeiro: Justiça. Pesquisas
mostram que nenhum motorista foi condenado por dirigir alcoolizado nestes dois anos. Motivo: a lei, que parecia ser draconiana, dificultou a condenação por exigir a prova de dosagem alcoólica, como afirmam juízes e especialistas.

Segundo: Polícia. Números oficiais mostram que as batidas policiais da Lei Seca sofreram uma redução drástica, na casa dos 80%.


Além disso, o número de bafômetros em operação é baixo. Frente a esses problemas, a sensação é que o número de mortes evitadas poderia ser ainda maior.


De positivo, a Lei Seca conseguiu levar a uma discussão séria e pertinente para a pauta da sociedade, ajudando a conscientizar motoristas, mudando hábitos, alterando até a indústria da publicidade.


Com a Copa do Mundo, o consumo de bebidas alcoolicas sobe a níveis alarmantes, transformando um simples passeio com a família num verdadeiro "tiro ao alvo".


Ainda assim, a Lei Seca é vitoriosa. Um melhor resultado a essa boa mudança na sociedade seria promover alterações na Lei, tornando-a mais efetiva e punitiva, como sugerem projetos em tramitação no Congresso Nacional.


Como bom bebedor que sou, deixo aqui meu apelo para um consumo consciente.


E não se esqueça: festa boa é aquela que acaba em festa.


9 comentários:

  1. Quem bebe não deve dirigir em hipótise alguma, essa lei foi excelente. abraços

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  2. Muito bom seu texto amigo Sergio !
    Algumas considerações :

    Acho que a lei não precisa botar na cadeia quem bebe , mas apenas reprimir o uso de bebida ao volante . Também não vamos sair prendendo todo mundo , até porque não há lugar . Deve ficar preso o bandido , o assassino .

    Outra coisa , é o índice de alcool também não pode ser muito baixo , do contrário até um bombom acaba acusando alguém de estar embriagado quando não está .

    abs

    Francisco

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  3. guri parabens pela materia
    povo ta cansado de saber q bebidae direção não combina mas naum tomam atitudes pra mudar
    bjo grande

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  4. E espero que a cada dia ela se torne mais forte. Porque ainda existem os teimosos, que bebem e fazem eca.
    Ontem mesmo tive q deixar 2 amigos em casa depois do jogo. beberam pacas. E como eu era o unico que tava tomando fanta uva (ahahahah) tive que aguentar os chatos pinguços. Dai hoje, quando soube q eles acordaram com ressaca, fui la com as vuvuzelas e toquei muito no pé do ouvido deles.
    ahahahha
    abçs

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  5. Olá Sérgio!
    Realmente a lei seca teve um bom inicio. Mas com o tempo parece mesmo que está sendo "esquecida".
    Creio que o maior problema, como o de todas as leis no Brasil, seja de fiscalização e punição efetiva.
    Excelente texto.
    Forte abraço, Fernandez.

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  6. Olá amigo Sérgio,
    A Constituição deveria ter um único artigo: "O brasileiro precisa criar vergonha e parar de dar jeitinho.
    As leis deveriam ser mais duradouras. "Lei boa é lei velha", costuma-se dizer. As leis deveriam estar enraizadas na consciência dos cidadãos, mesmo sem serem conhecidas em detalhe, tornando efetiva a ficção legal de que a ninguém é lícito alegar o desconhecimento da lei.
    É provável que não haja país no mundo que tenha mais leis que no Brasil. Dentro de cada esfera, municipal, estadual ou federal, os parlamentares são chegados num projeto de lei e, como grassa a falta de imaginação, propõem alguma coisa relativa ao seu bairro, distrito ou cidade, que não diz respeito à coletividade, mas a lei fica valendo para todos.
    Meu carinho

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  7. Gostei muito do texto e é importante evitar que assuntos como este, caiam no esquecimento. A Silvana falou sôbre uma realidade, as leis tinham que ter menos "furos",para serem mais facilmente conhecidas, pois seriam mais naturais. E pensei no comentário do Francisco,pois eu também achava que não deveria haver exagero,mas antes a lei era mais flexível,não era? E, se fosse obrigatória a medição pelo bafômetro, poderia ter continuado a ser flexível. Mas, como se quer evitar que as pessoas comecem a beber e depois tenham que dirigir,então, o mais correto mesmo é nem poder começar.
    Abraço,Vera.

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  8. Sérgio, bom dia!

    Estou aqui retribuindo a visita que fez ao meu blog: http://alexandre-silva.com e agradecendo pelas palavras.

    Também gostei bastante dos seus artigos e o visitarei com frequência.

    Abs,
    Alexandre Silva

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  9. A lei seca em sí é ótima. As leis que devem ser um pouco mais rígida para que ai sim, se torne uma medida de força.

    Mas não podemos negar que a lei seca já salvou muitas vidas.

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